Kölsch, Reinheitsgebot e um escândalo de Colônia: Leis da cerveja que são mais antigas que a Baviera
Quem acredita que o Reinheitsgebot Alemão é uma invenção bávara, provavelmente nunca discutiu com um verdadeiro morador de Colônia no balcão. Pois, enquanto os bávaros ainda mastigavam sua Weißwurst no século XV, os moradores de Colônia já haviam definido a bússola da cerveja – na direção da pureza, sabor e qualidade. É hora de “expor” o Reinheitsgebot de verdade e mostrar por que Colônia sempre esteve à frente na fabricação de cerveja.
Reinheitsgebot de Colônia: 1412 e o papel pioneiro de Colônia
Muito antes de Guilherme IV proclamar o famoso Reinheitsgebot na Baviera, o conselho municipal de Colônia já tomou medidas decisivas em 1412: Para a cerveja Kölsch, de acordo com a decisão do conselho, apenas lúpulo e malte podiam ser usados como ingredientes – água e levedura eram então componentes óbvios do processo de fabricação, mesmo que ainda não fossem entendidos como tal. Com isso, Colônia estava mais de 100 anos à frente de seu tempo.
Enquanto no resto do império ainda se experimentava com todo tipo de ervas e ingredientes duvidosos, os moradores de Colônia já apostavam na clareza no copo e na lei.
Pequena nota de rodapé para os sabichões: Naquela época, muito Grutbier ainda era fabricado em Colônia – uma cerveja temperada com ervas, que acabou sendo substituída pelo lúpulo. A partir do início do século XV, o lúpulo também se tornou padrão em Colônia – e a famosa Keutebier nasceu.
O Reinheitsgebot bávaro: Roubado dos moradores de Colônia?
Em 1516, veio o grande Reinheitsgebot bávaro – uma lei que hoje é considerada a origem da cultura cervejeira alemã. Mas a lista de ingredientes era quase idêntica à regra de Colônia de 1412.
Quem será que copiou quem aqui? Enquanto os bávaros celebram o Reinheitsgebot como um marco, os moradores de Colônia sorriem discretamente em seus copos de Kölsch e sabem:
“Nós fomos mais rápidos!”
Mais anedotas sobre as leis da cerveja de Colônia e histórias de cervejarias, você pode vivenciar ao vivo em nossos passeios por Colônia.
Convenção Kölsch: Por que a Kölsch é hoje a única cerveja de alta fermentação com obrigatoriedade do Reinheitsgebot
Agora a coisa fica juridicamente interessante: Enquanto muitas cervejas alemãs de alta fermentação podem ser fabricadas hoje de acordo com o Reinheitsgebot, há apenas um tipo de cerveja que deve ser: Kölsch!
A Convenção Kölsch de 1985 estipula que a Kölsch só pode ser fabricada de acordo com o Reinheitsgebot – e como uma cerveja clara, com predominância de lúpulo, límpida e de alta fermentação.
Além disso: Kölsch não é apenas um tipo de cerveja, mas também uma Indicação Geográfica Protegida (IGP). Isso significa: Somente a cerveja que é fabricada em Colônia e que cumpre as regras da convenção pode ser chamada de Kölsch.
Curiosidade (para acabar de vez com um mito):
Não – não se pode fabricar Kölsch apenas onde se pode ver a Catedral de Colônia.
No entanto, algumas cervejarias fora de Colônia, graças à proteção de direitos adquiridos, podem continuar a fabricar Kölsch se já estavam no mercado antes de 1985. Hoje, estas ainda são a Bischoff Kölsch e a Zunft Kölsch
Mesmo assim, vale a regra: Quem quiser abrir uma nova cervejaria “Kölsch” fora da cidade da catedral hoje, não terá sorte – o nome é estritamente protegido.
Kölsch: Mais do que uma cerveja – um pedaço da identidade de Colônia
Kölsch não é apenas uma bebida. É um estilo de vida, tradição e um pedaço de lar no copo. A história vai desde os primeiros cervejeiros na Idade Média, passando pela lendária “Wieß” (a precursora turva da Kölsch), até as cervejarias modernas que ainda hoje fabricam de acordo com as regras antigas.
E enquanto em outras cidades o Reinheitsgebot é visto mais como uma opção, para a Kölsch é lei. Isso faz a diferença – e explica por que o copo de Kölsch está sempre um pouco mais cheio: com história, orgulho e, claro, sabor.
Conclusão: Colônia – onde a história da cerveja permanece viva
Quem da próxima vez desfrutar de uma Kölsch fresca, pode dizer com orgulho:
Aqui há mais do que apenas lúpulo, malte, água e levedura – ou seja, mais de 600 anos de tradição cervejeira de Colônia e um Reinheitsgebot que é mais antigo que o mito da cerveja bávara.
Mais histórias e anedotas de Colônia? Você as encontra ao vivo e em cores em nossos passeios por Colônia. Saúde!
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